terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Retrospectiva – O que fiz em 2015?



No geral, fui feliz!

Sorri mais que chorei. Chorei de rir... amei mais e fui amado.

Selecionei amigos sem raiva e perdoei as decepções.

Compreendi a minha humanidade e assim entendi a humanidade do outro.

Fiz as pazes com meu passado e passei a buscar um novo caminho, uma nova maneira de olhar a vida e o mundo.

Reconheci erros e limites. Passei a respeitar mais e principalmente o quesito “limite”. Aprendi que errar é muito importante, pois me mostra uma nova lição.

Aprendi a deixar o outro viver em seu livre arbitrio, acreditando em sua capacidade evolutiva.

Aprendi que minha voz ou comentario so deve ser usado para construir e que ninguem se torna obrigado a aceitar minhas verdades.

Senti que nunca estou sozinho... somente se eu quiser e ainda assim, estarei em boa companhia.

Aprendi que amar não significa se sacrificar pelo ser ou objeto amado – isso é escravidão e falta de respeito próprio.

Finalmente vejo hoje que não existe resposta para a pergunta: “Quem eu sou”, quando saio do momento do Agora. Sou apenas agora. Ontem eu fui e amanhã eu poderei ser o que eu quiser... o universo é movimento. Eu estou em movimento, meu corpo material esta em constante destruição e renovação, ou seja, em movimento. Então EU SOU é tão efêmero quanto um piscar de olhos!

Aprendi que faço parte da divindade e por isso mesmo a vida é sagrada.

2016 ainda vem... e para mim é só mais um símbolo de um tempo, um número! Os dias são tão importantes em sua essencia quanto a vida, pois nos revela onde e como somos no momento do agora, e que estamos em constante caminhada em busca do eterno equilibrio.

Que amanhã eu esteja mais presente no momento EU SOU, do que hoje.

Feliz Amanhã para todos!


FM- Wagner, 29.12.15

Lieber Papa...






Lieber Papa,

vielen Dank für alles!

Du warst der wichtigsten im meinem Leben, obwohl du so früh weggegangen bist.
Wir hatten keine genug Zeit zusammen verbringen könnten, aber ich habe noch ein paar Erinnerungen von Momenten dass deine Anwesenheit bei mir als Kind war. Diese Momenten waren genug dafür ich deine Liebe so stark in meine Seele gefühlt habe.

Ich weiß, dass wir Problemen hatten. Jetzt soll ich sagen: Verzeiht mir! Dank schön dass du mein Vater war.

Ich warte darauf, meine Dankbarkeit und meine Liebe sind Licht geworden und dein Weg nach Entwicklung zu finden.

Ich liebe dich, Papa.


Francy

Wien, 29.12.15

domingo, 20 de dezembro de 2015

Porque um pinheiro no natal?



POR QUE UM PINHEIRO NO NATAL?

Terminada a decoração da sala, ficamos ali descansando enquanto fumava um cigarro, analisando se tudo ficou como gostariamos.

Então me veio a pergunta: por que uma árvore de natal? Se natal é uma festa cristã, é a comemoração do nascimento de Jesus, por que um pinheiro todo enfeitado na sala, guirlandas penduradas nas portas (não peduramos uma esse ano, com medo de sermos furtados como no ano passado!)? Seria mais lógico um berço cheio de presentes, de palha, animais como vacas, carneiros, jumentos e cabras, uma vez que Cristo nasceu num estábulo!



Ela sorriu e disse: “Vá pesquisar o ritual wiccando de Yule. Lá você encontrará a resposta. Não adiantou nada mudar a data do dia 21 para o dia 24 de dezembro, o nascimento da criança divina continuou sendo comemorada, com outro nome, com outros personagens, um deus pobre que veio ser sacrificado... alguma semelhança terá sido mesmo mera coincidencia?”

Sei que ela não é cristã e que ate mesmo sente um pouco de repulsa por determinadas historias cristãs... nunca toco nesse tema, pois respeito sua posição e sua opinião.

Fui atras de minha resposta e li que no ritual wiccano-antiga religião da europa, da época dos celtas, povo que habitou essa região antes da invasão romana, o pinheiro, como árvore natural da região, recebia enfeites no equinocio do inverno, o ritual de Yule, quando se festejava o nascimento da criança divina, o Deus Cornifero(!) que muito se parece com o “diabo” católico!



E os pinheiros se espalharam pelo mundo, em todas as casas cristãs, com bolinhas, antes frutinhas, enfeites de fitas, sinos, homens de neves, anjos e crianças... tudo muito fabricado, com as cores indicativas da wicca: vermelho, verde e dourado, acompanhando o consumismo do tempo.

O nascimento da criança divina continua sendo comemorado aos pes dos pinheiros, das árvores de natal.

E o berço de palha vai sendo esquecido por muitos, pois a criança divina tras a alegria do recomeço, a esperança de uma nova vida, a paz do amor incondicional, a liberdade do sorriso, e a certeza que a vida é bela como um bebe.

O Deus se sacrificara para manter viva a humanidade, no outono, não na pascoa, pois na pascoa ele vira amante da deusa, deus da fertilidade, renovado pela chegada da primavera! Com um coelho, símbolo da fertilidade e muitos ovos, símbolos da fertilização... a pascoa é alegria!

Aceitei minha árvore de natal do jeito que ela a decorou.



Sorrimos da confusão das historias, de suas semelhanças e percebi que o mundo conta a mesma historia de varias formas. Mas isso não é importante.

O importante é viver a energia deste momento mágico, alegrar se com e como as crianças, que nos dão certeza que o planeta continuara emanando vida.

Feliz Natal!

Vamos nascer novamente, com as falhas corrigidas!



Wien, 20.12.15
FSM-Wagner

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Cartão de Aniversario



Meu amor,


O dia sempre me trará uma luz especial oriunda do teu olhar.

A música de tua voz me embala os sonhos e alegra a alma.

Teu sorriso faz meu coração pulsar mais forte e me dá a certeza da força do nosso amor.

Mesmo quando temos opiniões diferentes, opticas de outro ângulo, rumos diversos, nossa cor muda.

Então ocorre a mágica: ao percebermos que estamos nos perdendo um do outro, nossas mãos se procuram e nos seguramos com toda vontade de sobreviver a mais uma tempestade.

Sabemos que o importante não é a tempestade.

Somos nós.

Nosso amor!

Nossa união.

Viena, 14.12.15

FWagner

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Amando...



Amando …

Tenho estado apaixonado ultimamente. Devido ao envolvimento abandonei muitas coisas… ou melhor, tenho deixado de fazer algumas coisas por falta de tempo ou de vontade mesmo. Uma dela é preparar textos para publicar. E isso ficou incomodando o ser amado! Essa mudança na minha rotina de vida incomodou. Caimos na rotina e isso tornou o relacionamento sem graça.

Vi, então, que escrever é uma necessidade de renovação. A cada pensamento que sai de mim, vai abrindo espaço para novos se formarem. E isso vivifica nosso relacionamento.

Coisinha complicada é relacionamento! Se estamos atentos ao ser amado, estamos sufocando com a nossa atenção; se nos afastamos, estamos dando espaço demais e deixando o ser amado solitario! Então como fazer para que isso não aconteça? O que fazer para não se deixar entediar pela rotina?

Em primeiro lugar, o que realmente ou como é realmente amar alguém?

Fiquei na minha postura de eterno observador das atitudes humanas e vi que amar é algo enorme, que preenche todo nosso ser e ao mesmo tempo é nada complicado. Dificil mesmo é se relacionar com outra pessoa, mesmo que a amemos muito!

Por que a paixão passa, como fogo de palha! Incendeia, e não deixa brasas para aquecer o romance. O que fica depois da paixão? Se tiver sido apenas paixão, nada mais fica alem das marcas da fogueira, palha queimada que a mais leve brisa leva sem deixar rastro e sem fazer nenhum estrago.

Se o relacionamento não for de palha, então vão ficar brasas que ainda queimam e podem reacender outra fogueira no coração. E o material para que essa paixão queime e deixe brasas chama-se amizade, intimidade, cumplicidade.



Os opostos se atraem... ja ouvi muito isso. Contudo somente os semelhantes se entendem e podem ser cúmplices.

Estou com alguem tão semelhante a mim e tão diferente ao mesmo tempo que vivo em uma montanha russa de sentimentos e a rotina quando se instala, logo é desmantelada pela maravilha.

As grande verdades sempre são ditas sem querer. E semana passada estavamos discutindo sobre isso: o que realmente significar amar alguem e com essa pessoa conviver. E quase sem querer a frase mágica saiu.

Não existe alma gemea, não existem iguais, pois todos somos diferentes. Alguem que precisa de outro para ser feliz é um ser dependente, incompleto, então incapaz de ser feliz e fazer alguem feliz: o relacionamento se baseia no apego e na necessidade.

Então como é que se explica o amor? Esse relacionamento que mistura em doses perfeitas a paixão, a amizade, a cumplicidade e a intimidade, sem que interfira na integridade ou individualidade do outro?

Numa conversa regada a uma cachacinha eu disse: Amar então, não é ser do outro, e sim estar para o outro em qualquer que seja a situação!

Paramos. Trocamos olhares e ficamos pensando nessa frase tão curta, tão singela e procuramos, reviramos nossa capacidade de raciocinio em busca de uma falha, de um erro...

Ser do outro significa dependencia, escravidão, apego. Tira a nossa liberdade.

Estar para o outro é estar presente mesmo na ausencia; estar para o outro é dar ao outro confiança suficiente de saber que pode contar conosco em qualquer situação, sem que o julguemos, sem avaliação de valores das atitudes. Estar para o outro requer apenas a nossa vontade, sem obrigações, sem necessidade de retribuição. Estar para o outro pode ser apenas ficar ali, sem nada dizer, assistindo tv, um filme, um jornal, uma entrevista... olhar o por do sol ou apenas observar o vai e vem de pessoas no parque, sem ter mesmo nada de novo pra dizer. E isso não faz nenhuma diferença. Estamos ali um para o outro. Estamos nos fazendo bem, compartilhando aqueles pequenos e maravilhosos momentos da rotina diaria, do levantar, da cumplicidade no banheiro, da promessa não cumprida de tirar a louça da máquina e guardar... e todas as outras que esquecemos de cumprir. Sabemos que o outro esta para nós tambem, e muitas vezes sente raiva pela nossa incapacidade de estar para si, e cobra essa presença. Pois amar exige presença, mesmo na ausencia!

Estamos amando. Estamos um para o outro. Estaremos ainda assim durante algum tempo indeterminado.

E voce, cara amiga, caro amigo, estar para alguem?


F&SMWagner

23.11.15

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A solidão nossa de cada dia



A solidão nossa de cada dia

Nascemos sozinhos, como Ser, Ente, pois mesmo acompanhados, protegidos, auxiliados, cabe-nos a coragem de respirar, e continuar respirando.
O “Sopro de Deus” inicia assim a vida no mundo exterior. Tem inicio tambem a nossa jornada solitaria pelo planeta.
Familia é o primeiro grupo de semelhantes que encontramos. E como nos sentimos? Acolhidos, amados? ou não? Sempre estaremos sozinhos conosco mesmo. E essa solidão nossa de cada dia nos apavora; lutamos para preenche-la com companhia de outros solitarios pela estrada da vida: colegas na escola, na uni, no trabalho, amores, casamento, filhos... e novamente a oportunidade de encontrar aquele pedaço, aquela parte que nos tirará da solidão, onde encontraremos a nossa real plenitude, nossa verdadeira identidade.
Caimos no vão do ciclo vicioso da busca por nós mesmos, nas perguntas preexistentes de onde viemos e para onde vamos. Andamos em cículos tão grandes ou apenas rodamos no mesmo lugar, num jogo de espelhos onde nos vemos sozinhos, desolados, intranquilos.
É o momento da busca, momento da inexistencia!
Então percebemos que a solidão nossa, na realidade, não existe. Nós mesmos nos iludimos! Pensamos que somos únicos, e realmente somos em consciencia e ao mesmo tempo somos do Todo uma pequena parte, uma pequena celula, pois o Todo são as consciencias interligadas.
O que vivenciamos, experimentamos sozinhos, comungamos com o Todo.
No silencio e na solidão existe o vazio. E o vazio é o caminho, somente o caminho para a compreensão do Todo, onde tempo e espaço inexistem no momento do agora.
Felizes os que aproveitam o momento da solidão de cada dia para estarem apenas consigo mesmo.
E nesta pequena viagem no vazio, onde não ha movimento, está nossa plenitude.

Viena, 28.10.15
FWagner



sábado, 17 de outubro de 2015

Elogios e incentivos!



Elogios e incentivos!

Durante os últimos seis meses, mais especificamente quando lançei o livro „REMIÇÃO”, tenho recebido de amigos e familiares muito apoio e carinho, e dentre os elogios e incentivos de alguns bem próximos, tirei tres que, de alguma forma, me marcaram profundamente e me fizeram meditar!

Foram eles:

     1.   Escrever não é profissão, é hobby!
  
     2.   Escrever um livro é facil; dificil é encontrar quem o leia!

     3.   Papel não tem opção, aceita qualquer merda!

Muito bem meus queridos, apos o choque inicial fiquei pensando sobre estes tres grandes incentivos e sou muito grata aos amigos e parentes que o fizeram.

Realmente escrever para mim não é profissão. Eu fui policial a vida inteira e agora, tendo terminado meu tempo profissional, passei realmente a manter em forma o meu “vicio” de escrever! Não havia ainda considerado isso como hobby, imagine! Então passou a ter um valor a mais, um sentido a mais, sentar e tentar coordenar as letras em palavras e estas poderem descrever o que vem de minha alma, de meus sentimentos ou simplesmente de minha fantasia. Escrevo mais para mim mesma, e gosto de compartilhar com as pessoas o que possuo, inclusive meus pensamentos... Fazer o que? Isso se alguem quiser ler! E na grande maioria das vezes escrevo para aliviar a cabeça de tantas ideias... as ideias precisam fugir, ir embora... então o ato  de escrever uniu o útil ao agradavel; agora promovido a HOBBY! Maravilha!

Ainda bem que meu hobby me leva a estudar, pesquisar, conhecer novas pessoas e novos pensamentos, ler sobre diversificados assuntos, admirar outras paisagens, mesmo que pela internet... e é tão barato assim!

Meu hobby me dá a liberdade de pensar, de mudar meu jeito de ser; preenche de luz e alegria as horas vazias do dia, da noite e das madrugadas que passo no viciio de escrever, aproveitando o sopro da musa Inspiração, que não avisa onde ou quando chegará. Esse hobby me leva a viver a historia desconhecida, transformando a paisagem da minha mente.

E para aqueles que afirmam ser fácil escrever um livro, parabens! Para mim nunca foi fácil. Talvez já tenham escrito e foi facil para elas (as pessoas). Eu me joguei nesta aventura, nessa montanha russa de emoções uma vez que não tenho vocação ou talento nato para ser uma escritora. Acho muito dificil escrever bem, descrever com claresa, gramaticalmente correto ou de forma erudita(!) usando técnicas e triques de discurso engajados à inspiração, diamante bruto que necessita lapidação.

Acho mais fácil ler, pois leio rápido e muito.

Dou toda razão aos que dizem que é mais dificil encontrar quem leia, pois precisamos saber ler, interpretar, entender o que o autor escreveu. E para um público analfabeto, inculto e preguiçoso... realmente é muito dificil encontrar quem leia... não meus livros! Por favor! Contudo qualquer livro, jornal, etc. Mais facil aceitar a cultura “fast food” da televisão, das redes sociais, das revistas com fotinhas... são lindas, né? As revistas são muito interessantes quando se le os artigos, mas olhar só as fotos... fica muito divertido... é dessa atitude que falo.

Quem não gosta de “Xburger”? Eu adoro, com batata frita e coca-cola!

Finalmente ao terceiro elogio... muito interessante que me trouxe inclusive novas ideias. Papel aceita tudo, até merda!

Sou fã de ler no banheiro! E acho que não sou sozinha neste vicio. Afinal depois que fui mãe, tornou-se o único local onde tinha um pouco de paz e tempo, alem da desculpa aceitavel de que estava plenamente ocupada!!! Então mantinha minhas leituras em dia!

Sou muito fã tambem do papel higienico! Já pensou se não tivessemos este recurso! Seria como, nestes tempos de economia de agua!?... sei lá... vou deixar para a imaginação de outros. Eu prefiro os mais macios e consistentes, e vocês podem imaginar o porquê!

Por que então não se unir o util ao agradavel novamente? Que nossos papeis higienicos contivessem livros, poesias, contos, artigos interessantes, cientificos, gramática, piadas, cordel, crônicas... enfim, toda a infinidade de assuntos e estilos e pudessemos escolher no supermercado aqueles que mais nos interessariam ler no banheiro! A reciclagem seria imediata e não ocupariam espaços em nossos “apertamentos”, ou nos computadores, e seria uma grande economia de papel, alem de serem mais baratos!

Gastariamos o tempo livre para coisas mais leves e interessantes; podemos jogar e esquecer que fazemos parte de um mundo onde pouco podemos mudar ou interferir na atuação do sistema sobre nossas vidas! Esquecer que somos mais escravos do que nunca do consumismo, do pensamento engessado, da moda e sua tirania, do tédio, da mesmice, da total falta de novos desafios, pois o maior desafio é apenas sobreviver sem sonhos, sem realizações, visando uma aposentadoria tranquila,  quando podemos esperar que nossa saúde colabore ou que possamos pagar o plano de saúde auxiliar... Sonhamos em nos tornar inuteis!

Eu me recuso a inutilidade!

Eu sou rebelde!

Por isso meus queridos amigos e colaboradores, vocês são fantásticos!

Muito grata pelos elogios e incentivos!



FMWagner

Wien, am17.10.15

sábado, 19 de setembro de 2015

Sabedoria


Sabedoria



“Quando um velho morre, é uma biblioteca que se queima.” 
( ditado romano)


A sabedoria é diferente de conhecimento.
Conhecimento está nos livros.
Sabedoria no coração. Vem com a evolução da Alma.
Conhecimento se adquire estudando, lendo os doutos.
A sabedoria vem com o tempo. O Saber das Coisas e do Ser. Ela se agrega da vivencia da Alma em suas várias experiencias. Nada tem a ver com a idade. Os anos passam e não se fica mais sábio se não se aprender a ler os Sinais da Natureza.
Pare de buscar so o conhecimento; este somente é válido se nos dispomos a pratica-lo. Pratique o que você sabe, o que você conhece, o que sua consciencia, seu coração aceita que seja correto.
Na longa estrada evolutiva, todos temos o direito e o dever de errar, e parar de sofrer com estes erros é o primeiro sinal que se entendeu a lição. O erro é o caminho mais curto para o aprendizado. E quando se aprende com o erro, jamais esquecemos a lição: e não cometemos o mesmo erro, pois somos senhores de nossa vontade.
Torne-se sabio.
Sabedoria de viver e ser feliz.
Sabedoria - Saber - Sabor da Vida.
A vida plena, verdadeira do instante infinito do agora.
O Momento!
Ser feliz no momento e a cada momento, pois temos a vida em constante transformação de nós mesmos.

SM



quinta-feira, 17 de setembro de 2015

ENAMORADOS


Enamorados



O que eu teria a lhe dizer?
Já não existem mais palavras entre nós!

O que eu teria a lhe oferecer?
O de mais raro e belo já te dei: meu amor!

O que eu gostaria de te mostrar?
Toda a beleza do Universo já visitamos juntos!

O que mais.... neste dia dos namorados?
Só hoje? Perguntas-me.

E me olhas a alma pelos olhos.
Sinto que somos sempre namorados.

Sinto que sempre fomos e seremos.

Pois todos os dias estamos começando;
Todos os dias algo de novo encontramos no outro;
Estamos em eterno movimento,
E tua mão sempre estará na minha
E meu coração sempre abraçará o teu.

Hoje, no momento infinito do agora,
Eu te amo, incondicionalmente!


12.6.2015

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Fugitivos/Refugiados



Fugitivos/Refugiados

Muito se tem falado na midia sobre guerras, destruição, refugiados e fugitivos em busca de asilo, de paz! Enfrentando as fronteiras de terras estrangeiras, migrando para uma terra distante em busca da salvação.

São cenas que se repetem desde que existe gente neste planeta.

Quero falar sobre as guerras que cada um de nós provocamos no dia-a-dia, em familia, no transito, no trabalho ou dentro de si mesmo. Quero falar deta destruição dos sentimentos que nos transformam em robos, em autonomos, em maquinas...

Quantos de nós estamos refugiados atras de máscaras de sorriso em selfis nas redes sociais? Quando na realidade estamos dilacerados por dentro, chorando ou terrivelmente solitarios! Desacreditados do amor e dos relacionamentos. Escondendo nossas lágrimas por que não ha plateia que as queira ver ou apenas ajudar a seca-las!

Quantos de nós estamos fugindo de nós mesmos na inquietude de nossa mente que nunca se cala, valorizando o Ego e sendo dominados por ele? Uma mente que mente, que nos leva à loucura de uma constante valoração do meu, da posse, da escravidão dos sentimentos, da  obcessão pelo ter, pelo “eu sou”, nos afastando de nossa realidade. Iludidos permanecemos em uma realidade irreal, uma fantasia mascarada de busca pela felicidade que nos afasta cada vez mais dela!

Quantos de nós buscamos o asilo nas orações? Nas religiões sem religiosidade! E quando oramos pedimos, sempre de mãos estendidas, aquilo que nosso Ego valorizou; pedimos para que nossos problemas sejam solucionados como num passe de mágica; pensamos que “aquilo” que nos falta é exatamente o que nos levará a Paz e a Luz! Esperamos que “Aquele” de nossa devoção resolva tudo por nós, feito crianças incapazes a espera da ajuda do pai ou da mãe! Não notamos que estamos nos asilando em amparadores, exatamente por que somos incapazes de andarmos sozinhos, com nossas proprias pernas, sendo responsaveis pelas nossas escolhas, nossas decisões; incapazes de aceitarmos as consequencias de nossos erros!


Quantos de nós ergemos as fronteiras do EU PROPRIO para impedir que o OUTRO entre em nosso coração e possa usufruir do conforto do nosso amor? Sempre estamos muito mais preocupados com nossas dores e com nossa propria felicidade que nos esquecemos que vem do outro a cura! Trancamos nossos sentimentos, que não utilizados, distribuidos, vão apodrecendo dentro do peito, trazendo doenças como a insensibilidade para com o proximo, aquele que esta bem proximo de nós, e que para chamar a nossa atenção para sua propria dor, nos causa uma dor, as vezes bem menor do que aquela que o sufoca!

Quanto de nós estamos dispostos a deixar o conforto ou nosso “desconforto” costumeiro e conhecido para empreender a longa viagem em busca de si mesmo? Teremos coragem de enfrentar a guerra e a longa jornada contra nós mesmos? Este é o único caminho! Esta é a única possibilidade de salvação!


Quantos reconhecemos que precisamos mudar para que nossos problemas sejam resolvidos definitivamente?

Para esta viagem precisamos de tres coisas importantes que não podem faltar em nossa mochila: serenidade, coragem e sabedoria. Somente com estes tres itens poderemos encontrar a terra do Perdão, do Desapego, da Gratidão, e finalmente a do Amor Inconcicional!

Assim, e somente assim, a Paz reinará em nossas vidas.

E no planeta?

Quando todos nós formos pacificos e pudermos amar o outro como a nós mesmos e fazermos ao outro somente aquilo que gostariamos que fizessem conosco...sem esperar retribuição; quando tivermos ultrapassado as fronteiras do ter para apenas sermos nós mesmos, sem títulos ou arrogancia, com humildade sem humilhação, aceitando-nos  reciprocamente imperfeitos, então encotraremos a Terra Prometida do Amor Incondicional: o Paraíso!

É uma longa e árdua viagem. Poucos conseguirão. Contudo vale a pena dar o primeiro passo.

Até lá, boa viagem para todos.

E não esqueça de colocar na bagagem: serenidade, coragem e sabedoria!

Luz que ilumina meu caminho,
Dai-me serenidade para aceitar tudo aquilo que não posso mudar: meu passado.
Dai-me coragem para mudar aquilo que posso e devo mudar: eu mesmo!
E sabedoria, para te reconhecer no meu caminho!



FMalteck, 14.09.15

domingo, 6 de setembro de 2015

CONTRASTES




CONTRASTES



Faz algum tempo de não escrevo por aqui. Estava de férias! Visitando minha terra Natal, Fortaleza, no nordeste brasileiro.

Foram dois meses que me aliviaram a saudade e me trouxeram muitas certezas e mais algumas incertezas.

Engraçado quando a gente retorna a um local conhecido, e as lembranças e os sentimentos de aquietam encontrando cada um seu devido lugar no coração.

Meu amor pelo Brasil é inexplicavel, como toda paixão o é. Sou apaixonado pelo Ceará, chegando a raias do bairrismo. Gosto de tudo, até mesmo do insuportavel! Descobri isso quando da ausencia, da falta que determinadas situações, banalidades, costumes me fizeram nesta outra cidade onde vivo atualmente.

Chegar em Fortaleza foi o mesmo que chegar em casa dos pais depois de longo tempo. Reconhecer cada cantinho que estava igual e se perder nas grandes reformas que ocorreram. Ela está mais bonita, mais sedutora.

Continua sendo minha amada amante de todas as horas!

Saboreei o gosto do sentimento de “Haimat”, de terra natal, onde nos integramos sem nenhuma dificuldade... onde temos total afinidade!

Em quase dois meses não senti saudade de Viena nem um minuto. O que nascia em mim era a angustia de retornar para ca. Mesmo assim voltei. Ando pelas ruas de Viena do mesmo modo, tranquilamente, como me sentindo em casa. Se Fortaleza tem a cara de casa de pai e mão, Viena tem cara de casa da gente, de nossa bagunça organizada do nosso jeito.

Não importam os motivos que nos tiram da casa dos pais, de nossa terra natal, a vida continua dia a dia, se construindo, de expandindo. Saudade do colo materno, todos temos! Saudades da infancia, dos amigos que nunca mais vimos nem veremos... tudo isso faz parte da nossa historia pessoal. É nosso passado, as raizes que nos transformaram em quem somos hoje. Bom ou não tão bom, nosso passado é imutável! O que podemos fazer é aceitar como foi e reconstruir os sentimentos lançados sobre as lembranças.

Hoje encaro as lembranças dos momentos dificeis como meus verdadeiros trofeus: naqueles momentos fui desafiado a vencer, a sobreviver. E sobrevivi! Alcancei a vitória sobre minhas fraquezas.

Andei pelos mesmos lugares onde vivi, cresci, chorei, sorri, me apaixonei, me decepcionei. Revi amigos e lembrei de amores que se foram. Enfrentei as mesmas dificuldades que tinha que superar nos tempos estudantis, como andar de onibus. Lembrei como eu achava era divertido!

Encontrei uma outra pessoa, lembrei da garota que fui e que havia se perdido pela estrada da vida. Achei a criança que se sentindo solitária encontrou amigos como Eça de Queiros, Jose de Alencar, Machado de Assis, Camilo Castelo Branco, Victor Hugo, Dostoiévski, Fernando Sabino, e se apaixonou por Cristo e Vinicius de Moraes. Encontrei a adolecente que curtia a vida como se apresentava, andando pendurada em onibus lotado ou correndo para pegar o ultimo lotação para casa; a jovem que sonhava com possibilidades reais e as realizava, mesmo que ninguem lhe desse a menor ajuda ou confiança; com uma mulher que viveu seus sonhos mais loucos e, interessante, nunca teve medo de arriscar tudo para ser feliz, mesmo que isso lhe causasse lágrimas e dor, afastamento do mundo conhecido e enfrentamento do desconhecido. Encontrei alguem que muitos consideram louca o bastante para mudar tudo, todos os preceitos, andar na contra-mão do preconcebido, do preconceito...

Voltei para Viena mais consciente de mim mesma e hoje digo a mim mesma: sou capaz de ser feliz em qualquer lugar! Em qualquer momento! Comigo mesma estou bem, estou segura, confio em mim para cuidar de mim!

Viva a vida!

O que seria da vida sem seus contrastes, sem suas cores, sem o calor e o frio? O que seria de nós se tudo fosse sempre morno, sem novidades, sem emoção... uma paz eterna? Epa! Paz eterna é a morte!

Eu quero é viver mais intensamente ainda. Quero sentir o que ainda não senti. Quero viver o que ainda nao vivi!

Au revoir, mein Freund! Machst gut! Vou continuar vivendo minhas loucuras!


FzWagner, 06.09.15

Em Viena