sábado, 19 de setembro de 2015

Sabedoria


Sabedoria



“Quando um velho morre, é uma biblioteca que se queima.” 
( ditado romano)


A sabedoria é diferente de conhecimento.
Conhecimento está nos livros.
Sabedoria no coração. Vem com a evolução da Alma.
Conhecimento se adquire estudando, lendo os doutos.
A sabedoria vem com o tempo. O Saber das Coisas e do Ser. Ela se agrega da vivencia da Alma em suas várias experiencias. Nada tem a ver com a idade. Os anos passam e não se fica mais sábio se não se aprender a ler os Sinais da Natureza.
Pare de buscar so o conhecimento; este somente é válido se nos dispomos a pratica-lo. Pratique o que você sabe, o que você conhece, o que sua consciencia, seu coração aceita que seja correto.
Na longa estrada evolutiva, todos temos o direito e o dever de errar, e parar de sofrer com estes erros é o primeiro sinal que se entendeu a lição. O erro é o caminho mais curto para o aprendizado. E quando se aprende com o erro, jamais esquecemos a lição: e não cometemos o mesmo erro, pois somos senhores de nossa vontade.
Torne-se sabio.
Sabedoria de viver e ser feliz.
Sabedoria - Saber - Sabor da Vida.
A vida plena, verdadeira do instante infinito do agora.
O Momento!
Ser feliz no momento e a cada momento, pois temos a vida em constante transformação de nós mesmos.

SM



quinta-feira, 17 de setembro de 2015

ENAMORADOS


Enamorados



O que eu teria a lhe dizer?
Já não existem mais palavras entre nós!

O que eu teria a lhe oferecer?
O de mais raro e belo já te dei: meu amor!

O que eu gostaria de te mostrar?
Toda a beleza do Universo já visitamos juntos!

O que mais.... neste dia dos namorados?
Só hoje? Perguntas-me.

E me olhas a alma pelos olhos.
Sinto que somos sempre namorados.

Sinto que sempre fomos e seremos.

Pois todos os dias estamos começando;
Todos os dias algo de novo encontramos no outro;
Estamos em eterno movimento,
E tua mão sempre estará na minha
E meu coração sempre abraçará o teu.

Hoje, no momento infinito do agora,
Eu te amo, incondicionalmente!


12.6.2015

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Fugitivos/Refugiados



Fugitivos/Refugiados

Muito se tem falado na midia sobre guerras, destruição, refugiados e fugitivos em busca de asilo, de paz! Enfrentando as fronteiras de terras estrangeiras, migrando para uma terra distante em busca da salvação.

São cenas que se repetem desde que existe gente neste planeta.

Quero falar sobre as guerras que cada um de nós provocamos no dia-a-dia, em familia, no transito, no trabalho ou dentro de si mesmo. Quero falar deta destruição dos sentimentos que nos transformam em robos, em autonomos, em maquinas...

Quantos de nós estamos refugiados atras de máscaras de sorriso em selfis nas redes sociais? Quando na realidade estamos dilacerados por dentro, chorando ou terrivelmente solitarios! Desacreditados do amor e dos relacionamentos. Escondendo nossas lágrimas por que não ha plateia que as queira ver ou apenas ajudar a seca-las!

Quantos de nós estamos fugindo de nós mesmos na inquietude de nossa mente que nunca se cala, valorizando o Ego e sendo dominados por ele? Uma mente que mente, que nos leva à loucura de uma constante valoração do meu, da posse, da escravidão dos sentimentos, da  obcessão pelo ter, pelo “eu sou”, nos afastando de nossa realidade. Iludidos permanecemos em uma realidade irreal, uma fantasia mascarada de busca pela felicidade que nos afasta cada vez mais dela!

Quantos de nós buscamos o asilo nas orações? Nas religiões sem religiosidade! E quando oramos pedimos, sempre de mãos estendidas, aquilo que nosso Ego valorizou; pedimos para que nossos problemas sejam solucionados como num passe de mágica; pensamos que “aquilo” que nos falta é exatamente o que nos levará a Paz e a Luz! Esperamos que “Aquele” de nossa devoção resolva tudo por nós, feito crianças incapazes a espera da ajuda do pai ou da mãe! Não notamos que estamos nos asilando em amparadores, exatamente por que somos incapazes de andarmos sozinhos, com nossas proprias pernas, sendo responsaveis pelas nossas escolhas, nossas decisões; incapazes de aceitarmos as consequencias de nossos erros!


Quantos de nós ergemos as fronteiras do EU PROPRIO para impedir que o OUTRO entre em nosso coração e possa usufruir do conforto do nosso amor? Sempre estamos muito mais preocupados com nossas dores e com nossa propria felicidade que nos esquecemos que vem do outro a cura! Trancamos nossos sentimentos, que não utilizados, distribuidos, vão apodrecendo dentro do peito, trazendo doenças como a insensibilidade para com o proximo, aquele que esta bem proximo de nós, e que para chamar a nossa atenção para sua propria dor, nos causa uma dor, as vezes bem menor do que aquela que o sufoca!

Quanto de nós estamos dispostos a deixar o conforto ou nosso “desconforto” costumeiro e conhecido para empreender a longa viagem em busca de si mesmo? Teremos coragem de enfrentar a guerra e a longa jornada contra nós mesmos? Este é o único caminho! Esta é a única possibilidade de salvação!


Quantos reconhecemos que precisamos mudar para que nossos problemas sejam resolvidos definitivamente?

Para esta viagem precisamos de tres coisas importantes que não podem faltar em nossa mochila: serenidade, coragem e sabedoria. Somente com estes tres itens poderemos encontrar a terra do Perdão, do Desapego, da Gratidão, e finalmente a do Amor Inconcicional!

Assim, e somente assim, a Paz reinará em nossas vidas.

E no planeta?

Quando todos nós formos pacificos e pudermos amar o outro como a nós mesmos e fazermos ao outro somente aquilo que gostariamos que fizessem conosco...sem esperar retribuição; quando tivermos ultrapassado as fronteiras do ter para apenas sermos nós mesmos, sem títulos ou arrogancia, com humildade sem humilhação, aceitando-nos  reciprocamente imperfeitos, então encotraremos a Terra Prometida do Amor Incondicional: o Paraíso!

É uma longa e árdua viagem. Poucos conseguirão. Contudo vale a pena dar o primeiro passo.

Até lá, boa viagem para todos.

E não esqueça de colocar na bagagem: serenidade, coragem e sabedoria!

Luz que ilumina meu caminho,
Dai-me serenidade para aceitar tudo aquilo que não posso mudar: meu passado.
Dai-me coragem para mudar aquilo que posso e devo mudar: eu mesmo!
E sabedoria, para te reconhecer no meu caminho!



FMalteck, 14.09.15

domingo, 6 de setembro de 2015

CONTRASTES




CONTRASTES



Faz algum tempo de não escrevo por aqui. Estava de férias! Visitando minha terra Natal, Fortaleza, no nordeste brasileiro.

Foram dois meses que me aliviaram a saudade e me trouxeram muitas certezas e mais algumas incertezas.

Engraçado quando a gente retorna a um local conhecido, e as lembranças e os sentimentos de aquietam encontrando cada um seu devido lugar no coração.

Meu amor pelo Brasil é inexplicavel, como toda paixão o é. Sou apaixonado pelo Ceará, chegando a raias do bairrismo. Gosto de tudo, até mesmo do insuportavel! Descobri isso quando da ausencia, da falta que determinadas situações, banalidades, costumes me fizeram nesta outra cidade onde vivo atualmente.

Chegar em Fortaleza foi o mesmo que chegar em casa dos pais depois de longo tempo. Reconhecer cada cantinho que estava igual e se perder nas grandes reformas que ocorreram. Ela está mais bonita, mais sedutora.

Continua sendo minha amada amante de todas as horas!

Saboreei o gosto do sentimento de “Haimat”, de terra natal, onde nos integramos sem nenhuma dificuldade... onde temos total afinidade!

Em quase dois meses não senti saudade de Viena nem um minuto. O que nascia em mim era a angustia de retornar para ca. Mesmo assim voltei. Ando pelas ruas de Viena do mesmo modo, tranquilamente, como me sentindo em casa. Se Fortaleza tem a cara de casa de pai e mão, Viena tem cara de casa da gente, de nossa bagunça organizada do nosso jeito.

Não importam os motivos que nos tiram da casa dos pais, de nossa terra natal, a vida continua dia a dia, se construindo, de expandindo. Saudade do colo materno, todos temos! Saudades da infancia, dos amigos que nunca mais vimos nem veremos... tudo isso faz parte da nossa historia pessoal. É nosso passado, as raizes que nos transformaram em quem somos hoje. Bom ou não tão bom, nosso passado é imutável! O que podemos fazer é aceitar como foi e reconstruir os sentimentos lançados sobre as lembranças.

Hoje encaro as lembranças dos momentos dificeis como meus verdadeiros trofeus: naqueles momentos fui desafiado a vencer, a sobreviver. E sobrevivi! Alcancei a vitória sobre minhas fraquezas.

Andei pelos mesmos lugares onde vivi, cresci, chorei, sorri, me apaixonei, me decepcionei. Revi amigos e lembrei de amores que se foram. Enfrentei as mesmas dificuldades que tinha que superar nos tempos estudantis, como andar de onibus. Lembrei como eu achava era divertido!

Encontrei uma outra pessoa, lembrei da garota que fui e que havia se perdido pela estrada da vida. Achei a criança que se sentindo solitária encontrou amigos como Eça de Queiros, Jose de Alencar, Machado de Assis, Camilo Castelo Branco, Victor Hugo, Dostoiévski, Fernando Sabino, e se apaixonou por Cristo e Vinicius de Moraes. Encontrei a adolecente que curtia a vida como se apresentava, andando pendurada em onibus lotado ou correndo para pegar o ultimo lotação para casa; a jovem que sonhava com possibilidades reais e as realizava, mesmo que ninguem lhe desse a menor ajuda ou confiança; com uma mulher que viveu seus sonhos mais loucos e, interessante, nunca teve medo de arriscar tudo para ser feliz, mesmo que isso lhe causasse lágrimas e dor, afastamento do mundo conhecido e enfrentamento do desconhecido. Encontrei alguem que muitos consideram louca o bastante para mudar tudo, todos os preceitos, andar na contra-mão do preconcebido, do preconceito...

Voltei para Viena mais consciente de mim mesma e hoje digo a mim mesma: sou capaz de ser feliz em qualquer lugar! Em qualquer momento! Comigo mesma estou bem, estou segura, confio em mim para cuidar de mim!

Viva a vida!

O que seria da vida sem seus contrastes, sem suas cores, sem o calor e o frio? O que seria de nós se tudo fosse sempre morno, sem novidades, sem emoção... uma paz eterna? Epa! Paz eterna é a morte!

Eu quero é viver mais intensamente ainda. Quero sentir o que ainda não senti. Quero viver o que ainda nao vivi!

Au revoir, mein Freund! Machst gut! Vou continuar vivendo minhas loucuras!


FzWagner, 06.09.15

Em Viena

DELETANDO MAGOAS



Deletando mágoas!

Uma boa limpeza pode demonar anos para começar e longo tempo para terminar. A gente fica lembrando dos detalhes, dos momentos bons ou ruins; são momentos de nossa jornada que parecem reviverem com nossas quinquilharias. Lembranças são sempre lembranças, so existem em nossa mente, mas sobrevivem em nossos sentimentos. E chave da porta das lembranças estão guardadas pelos cantos de gavetas, dentro de caixas de sapatos, cujos sapatos ja se foram há tempos, em páginas daquele livro que não terminamos de ler, em cadernos guardados “de lembrança” principalmente quando tem o autógrafo de todos os colegas de curso, e principalmente no mais especial estojo denominado album de fotografias.

As fotografias são chaves por excelencia para eternizar os momentos importantes, registrados, instantaneados naquele pedacinho de papel que guardamos em belos albuns. Reliquias de Familia. Algumas são cortadas, ou eram quando o casal se separava, o namoro terminava... e se devolvia a foto do(a) ex! Antigo não? Pois era assim no tempo de minha mãe: a celebre frase: “Me devolve as fotos que te entrego as cartas”; caso esta ameaça não surtisse efeito, tudo viraria cinzas e com estas, o romance estava definitivamente acabado. Bem, mas as lembranças permaneciam, talvez trancadas para sempre dentro de um coração ferido.

Contudo somos feitos de carne, ossos e sentimentos e nosso passado muitas vezes nos parece mais vivo que nosso presente. Esta é a razão de muitos sabios aconcelharem a se viver no presente, largar o passado, deixar la tras... por que?

O porque eu realmente fico a me indagar. Se o passado incomoda, se as tristes lembranças incomodam, então as boas tambem incomodam? Se o passado não existe mais, então por que guardamos as lembranças, se não em objetos materiais, com certeza dentro de nossas cabeças e corações? Quaisquer que sejam, boas ou ruins, se deixarem de existir, nos tambem deixamos, ou não? O que seria da minha vida sem as lembranças do passado?

Voltando às minhas gavetas, ao porão das minhas lembranças...

Eu estava aqui,  organizando antigos arquivos e revirando assim o passado.

Encontrei umas fotos não tão antigas, mas me detive olhando para pessoas que não vejo ha muitos anos. Algumas me trouxeram boas recordações, outras porem tristes e decepcionantes. Parei com tudo...

Observei longamente aquela fotografia. Deleto ou não? (vivo na era digital)- deletar corre sempre o risco de perder, então mando pra lixeira. Pode ser que depois eu queira reconduzir o arquivo ao seu lugar anterior... ou não. Em algum momento vou exvasiar a lixeira e com isso todos os arquivos irão embora para sempre. Vou conseguir exvasiar a lixeira da minha cabeça tambem?

Sempre ocorre essa dúvida, não é mesmo?

Decidi que aquilo que imediatamente eu não deletava, ficaria no mesmo lugar por mais algum tempo até que a vontade de jogar fora fosse totalmente livre e imparcial, assim tirando primeiro do meu coração e da minha cabeça como algo incrivelmente sem importancia por terem outras mais importantes para lembrar.

A gente sempre quer jogar fora aquilo que magoou ou que ainda doi, um pequeno prego incomodando no coração. Mas se desfazer de um objeto, uma foto, quando a lembrança por si só ainda doi, com a intensão de parar a dor, é a mesma coisa que tomar um analgesico sem tratar a doença. Um belo dia a dor volta a incomodar mesmo que a chave da lembrança tenha sido exterminada de nossas vidas.

Então fiquei ali, olhando aquela fotografia, deixando me alimentar de toda dor que eu pudesse sentir. Perece masoquismo! Mas não é.
Encarar a dor de frente. Encarar a magoa de frente. Ficar ali com ela e buscar suas causas, onde esta o erro, por que ainda sofremos, o que nos faz sofrer... por que ainda sofremos se tudo ja passou? ... Isso! Por que eu ainda sofro com essa lembrança se tudo ja passou?
Por que fico aqui revivendo o fato com a mesma magoa, com o mesmo sentimento?

Se essa pessoa que me causa sofrimento estivesse aqui agora, diante de mim?! E tivesse muito a dizer, coisas que nunca ouvi ou nunca quis ouvir. Ou se o fato que me doi não aconteceu realmente desse jeito?

Desculpar é tirar a culpa: des- prefixo indicador de negação; negar a culpa, desculpar!

Não quero desculpar ninguem, muito menos quem me causou tanto sofrimento. O que eu quero é não sofrer mais. Quero vencer a magoa que doi e incomoda. Quero sair do desvio do passado, do rancor, do reviver, do revirar as memorias do passado e sofrer novamente. Eu quero me dar o direito de recordar do mesmo fato, sem dor, sem incomodo nenhum. Quero ver com outros olhos, com os olhos do sentimento, do coração.

Entao eu não vou desculpar. Não posso negar a culpa de ninguem, assim como não posso negar a minha propria. Ou fomos causadores do dano ou não. E não deixe nenhum filósofo do Direito entrar na conversa que ele escreve um compendio sobre a culpabilidade.

Eu quero me perdoar por me magoar tanto. Eu quero perdoar quem me causou tanto dando. Eu quero apenas per-do-ar!

Perdoar: para doar!

Eu não sei como perdoar. Desde pequenina escuto esta frase:”Voce deve perdoar seu irmão!”- porem ninguem nunca conseguiu me explicar como é que a gente perdoa.

Ja notaram que ninguem consegue explicar sentimento nenhum? Como é amar? Como é perdoar? Como é se apaixonar? Como é se desapaixonar(isso existe?)? Ninguem consegue ensinar a ninguem como sentir? Não se aprende a sentir. A gente sente ou não.

Nao sei como é perdoar. Então vou ficar olhando essa foto ate não sentir mais dor. Vou consumir o veneno em pequenas doses ate ficar totalmente curada.

...

A faxina foi parcialmente terminada e depois de tres dias retornei ao mesmo ponto.

Durante todo tempo fiquei remexendo a dor, abrindo a ferida, verificando se ainda sangrava ou se o tempo havia curado tudo por dentro.

O tempo!

Foi com vontade e me dando tempo para encarar a dor, a magoa de frente que ela parou de doer.

Desisti de deletar o arquivo por que doia.

Deletei por que eu quero o espaço livre para novas fotos. Aquela foto não me interessa mais. Aquela lembrança não me incomoda e não doi mais.

Será isso perdão?

Nao sei.

Verdade é que deletei a magoa do meu coração. E fiz diversos testes antes de deletar o arquivo.

Foi um grande alivio!

Apenas um clic!


PS.: este texto foi escrito há mais de tres anos atras. Foi novamente lido e revisado, corrigido e hoje nem lembro mais de que foto eu estava falando! Assim foi o inicio de uma revisão de todo meu passado, quando deletei magoas tão antigas que nem sabia que ainda doiam, pois tinha me acostumado a dor.
Minha atitude diante do que doi hoje é bem diferente. Foi dificil? Foi! Porem não impossível! E tudo começou quando entendi que somos seres em aprendizagem, e que o que doi hoje em primeiro lugar fomos nós mesmos que plantamos o espinho no coração, nos deixamos ferir ou não soltamos aquilo que nos apegamos. Isso não é amor! O amor é livre!



Revisado em 06.09.15

FzWagner