Durante os últimos seis meses, mais especificamente
quando lançei o livro „REMIÇÃO”, tenho recebido de amigos e familiares muito
apoio e carinho, e dentre os elogios e incentivos de alguns bem próximos, tirei
tres que, de alguma forma, me marcaram profundamente e me fizeram meditar!
Foram eles:
1. Escrever não é profissão, é hobby!
2. Escrever um livro é facil; dificil é encontrar quem o
leia!
3. Papel não tem opção, aceita qualquer merda!
Muito bem meus queridos, apos o choque inicial fiquei
pensando sobre estes tres grandes incentivos e sou muito grata aos amigos e
parentes que o fizeram.
Realmente escrever para mim não é profissão. Eu fui
policial a vida inteira e agora, tendo terminado meu tempo profissional, passei
realmente a manter em forma o meu “vicio” de escrever! Não havia ainda
considerado isso como hobby, imagine! Então passou a ter um valor a mais, um
sentido a mais, sentar e tentar coordenar as letras em palavras e estas poderem
descrever o que vem de minha alma, de meus sentimentos ou simplesmente de minha
fantasia. Escrevo mais para mim mesma, e gosto de compartilhar com as pessoas o
que possuo, inclusive meus pensamentos... Fazer o que? Isso se alguem quiser
ler! E na grande maioria das vezes escrevo para aliviar a cabeça de tantas
ideias... as ideias precisam fugir, ir embora... então o ato de escrever uniu o útil ao agradavel; agora
promovido a HOBBY! Maravilha!
Ainda bem que meu hobby me leva a estudar, pesquisar,
conhecer novas pessoas e novos pensamentos, ler sobre diversificados assuntos,
admirar outras paisagens, mesmo que pela internet... e é tão barato assim!
Meu hobby me dá a liberdade de pensar, de mudar meu
jeito de ser; preenche de luz e alegria as horas vazias do dia, da noite e das
madrugadas que passo no viciio de escrever, aproveitando o sopro da musa
Inspiração, que não avisa onde ou quando chegará. Esse hobby me leva a viver a
historia desconhecida, transformando a paisagem da minha mente.
E para aqueles que afirmam ser fácil escrever um
livro, parabens! Para mim nunca foi fácil. Talvez já tenham escrito e foi facil
para elas (as pessoas). Eu me joguei nesta aventura, nessa montanha russa de
emoções uma vez que não tenho vocação ou talento nato para ser uma escritora. Acho
muito dificil escrever bem, descrever com claresa, gramaticalmente correto ou
de forma erudita(!) usando técnicas e triques de discurso engajados à
inspiração, diamante bruto que necessita lapidação.
Acho mais fácil ler, pois leio rápido e muito.
Dou toda razão aos que dizem que é mais dificil
encontrar quem leia, pois precisamos saber ler, interpretar, entender o que o
autor escreveu. E para um público analfabeto, inculto e preguiçoso... realmente
é muito dificil encontrar quem leia... não meus livros! Por favor! Contudo qualquer
livro, jornal, etc. Mais facil aceitar a cultura “fast food” da televisão, das
redes sociais, das revistas com fotinhas... são lindas, né? As revistas são
muito interessantes quando se le os artigos, mas olhar só as fotos... fica
muito divertido... é dessa atitude que falo.
Quem não gosta de “Xburger”? Eu adoro, com batata
frita e coca-cola!
Finalmente ao terceiro elogio... muito interessante
que me trouxe inclusive novas ideias. Papel aceita tudo, até merda!
Sou fã de ler no banheiro! E acho que não sou sozinha
neste vicio. Afinal depois que fui mãe, tornou-se o único local onde tinha um
pouco de paz e tempo, alem da desculpa aceitavel de que estava plenamente
ocupada!!! Então mantinha minhas leituras em dia!
Sou muito fã tambem do papel higienico! Já pensou se
não tivessemos este recurso! Seria como, nestes tempos de economia de agua!?... sei lá... vou deixar para a imaginação de outros. Eu
prefiro os mais macios e consistentes, e vocês podem imaginar o porquê!
Por que então não se unir o util ao agradavel
novamente? Que nossos papeis higienicos contivessem livros, poesias, contos,
artigos interessantes, cientificos, gramática, piadas, cordel, crônicas...
enfim, toda a infinidade de assuntos e estilos e pudessemos escolher no
supermercado aqueles que mais nos interessariam ler no banheiro! A reciclagem
seria imediata e não ocupariam espaços em nossos “apertamentos”, ou nos
computadores, e seria uma grande economia de papel, alem de serem mais baratos!
Gastariamos o tempo livre para coisas mais leves e
interessantes; podemos jogar e esquecer que fazemos parte de um mundo onde
pouco podemos mudar ou interferir na atuação do sistema sobre nossas vidas! Esquecer
que somos mais escravos do que nunca do consumismo, do pensamento engessado, da
moda e sua tirania, do tédio, da mesmice, da total falta de novos desafios,
pois o maior desafio é apenas sobreviver sem sonhos, sem realizações, visando
uma aposentadoria tranquila, quando
podemos esperar que nossa saúde colabore ou que possamos pagar o plano de saúde
auxiliar... Sonhamos em nos tornar inuteis!
Eu me recuso a inutilidade!
Eu sou rebelde!
Por isso meus queridos amigos e colaboradores, vocês
são fantásticos!
Muito grata pelos elogios e incentivos!
FMWagner
Wien, am17.10.15