quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A solidão nossa de cada dia



A solidão nossa de cada dia

Nascemos sozinhos, como Ser, Ente, pois mesmo acompanhados, protegidos, auxiliados, cabe-nos a coragem de respirar, e continuar respirando.
O “Sopro de Deus” inicia assim a vida no mundo exterior. Tem inicio tambem a nossa jornada solitaria pelo planeta.
Familia é o primeiro grupo de semelhantes que encontramos. E como nos sentimos? Acolhidos, amados? ou não? Sempre estaremos sozinhos conosco mesmo. E essa solidão nossa de cada dia nos apavora; lutamos para preenche-la com companhia de outros solitarios pela estrada da vida: colegas na escola, na uni, no trabalho, amores, casamento, filhos... e novamente a oportunidade de encontrar aquele pedaço, aquela parte que nos tirará da solidão, onde encontraremos a nossa real plenitude, nossa verdadeira identidade.
Caimos no vão do ciclo vicioso da busca por nós mesmos, nas perguntas preexistentes de onde viemos e para onde vamos. Andamos em cículos tão grandes ou apenas rodamos no mesmo lugar, num jogo de espelhos onde nos vemos sozinhos, desolados, intranquilos.
É o momento da busca, momento da inexistencia!
Então percebemos que a solidão nossa, na realidade, não existe. Nós mesmos nos iludimos! Pensamos que somos únicos, e realmente somos em consciencia e ao mesmo tempo somos do Todo uma pequena parte, uma pequena celula, pois o Todo são as consciencias interligadas.
O que vivenciamos, experimentamos sozinhos, comungamos com o Todo.
No silencio e na solidão existe o vazio. E o vazio é o caminho, somente o caminho para a compreensão do Todo, onde tempo e espaço inexistem no momento do agora.
Felizes os que aproveitam o momento da solidão de cada dia para estarem apenas consigo mesmo.
E nesta pequena viagem no vazio, onde não ha movimento, está nossa plenitude.

Viena, 28.10.15
FWagner



sábado, 17 de outubro de 2015

Elogios e incentivos!



Elogios e incentivos!

Durante os últimos seis meses, mais especificamente quando lançei o livro „REMIÇÃO”, tenho recebido de amigos e familiares muito apoio e carinho, e dentre os elogios e incentivos de alguns bem próximos, tirei tres que, de alguma forma, me marcaram profundamente e me fizeram meditar!

Foram eles:

     1.   Escrever não é profissão, é hobby!
  
     2.   Escrever um livro é facil; dificil é encontrar quem o leia!

     3.   Papel não tem opção, aceita qualquer merda!

Muito bem meus queridos, apos o choque inicial fiquei pensando sobre estes tres grandes incentivos e sou muito grata aos amigos e parentes que o fizeram.

Realmente escrever para mim não é profissão. Eu fui policial a vida inteira e agora, tendo terminado meu tempo profissional, passei realmente a manter em forma o meu “vicio” de escrever! Não havia ainda considerado isso como hobby, imagine! Então passou a ter um valor a mais, um sentido a mais, sentar e tentar coordenar as letras em palavras e estas poderem descrever o que vem de minha alma, de meus sentimentos ou simplesmente de minha fantasia. Escrevo mais para mim mesma, e gosto de compartilhar com as pessoas o que possuo, inclusive meus pensamentos... Fazer o que? Isso se alguem quiser ler! E na grande maioria das vezes escrevo para aliviar a cabeça de tantas ideias... as ideias precisam fugir, ir embora... então o ato  de escrever uniu o útil ao agradavel; agora promovido a HOBBY! Maravilha!

Ainda bem que meu hobby me leva a estudar, pesquisar, conhecer novas pessoas e novos pensamentos, ler sobre diversificados assuntos, admirar outras paisagens, mesmo que pela internet... e é tão barato assim!

Meu hobby me dá a liberdade de pensar, de mudar meu jeito de ser; preenche de luz e alegria as horas vazias do dia, da noite e das madrugadas que passo no viciio de escrever, aproveitando o sopro da musa Inspiração, que não avisa onde ou quando chegará. Esse hobby me leva a viver a historia desconhecida, transformando a paisagem da minha mente.

E para aqueles que afirmam ser fácil escrever um livro, parabens! Para mim nunca foi fácil. Talvez já tenham escrito e foi facil para elas (as pessoas). Eu me joguei nesta aventura, nessa montanha russa de emoções uma vez que não tenho vocação ou talento nato para ser uma escritora. Acho muito dificil escrever bem, descrever com claresa, gramaticalmente correto ou de forma erudita(!) usando técnicas e triques de discurso engajados à inspiração, diamante bruto que necessita lapidação.

Acho mais fácil ler, pois leio rápido e muito.

Dou toda razão aos que dizem que é mais dificil encontrar quem leia, pois precisamos saber ler, interpretar, entender o que o autor escreveu. E para um público analfabeto, inculto e preguiçoso... realmente é muito dificil encontrar quem leia... não meus livros! Por favor! Contudo qualquer livro, jornal, etc. Mais facil aceitar a cultura “fast food” da televisão, das redes sociais, das revistas com fotinhas... são lindas, né? As revistas são muito interessantes quando se le os artigos, mas olhar só as fotos... fica muito divertido... é dessa atitude que falo.

Quem não gosta de “Xburger”? Eu adoro, com batata frita e coca-cola!

Finalmente ao terceiro elogio... muito interessante que me trouxe inclusive novas ideias. Papel aceita tudo, até merda!

Sou fã de ler no banheiro! E acho que não sou sozinha neste vicio. Afinal depois que fui mãe, tornou-se o único local onde tinha um pouco de paz e tempo, alem da desculpa aceitavel de que estava plenamente ocupada!!! Então mantinha minhas leituras em dia!

Sou muito fã tambem do papel higienico! Já pensou se não tivessemos este recurso! Seria como, nestes tempos de economia de agua!?... sei lá... vou deixar para a imaginação de outros. Eu prefiro os mais macios e consistentes, e vocês podem imaginar o porquê!

Por que então não se unir o util ao agradavel novamente? Que nossos papeis higienicos contivessem livros, poesias, contos, artigos interessantes, cientificos, gramática, piadas, cordel, crônicas... enfim, toda a infinidade de assuntos e estilos e pudessemos escolher no supermercado aqueles que mais nos interessariam ler no banheiro! A reciclagem seria imediata e não ocupariam espaços em nossos “apertamentos”, ou nos computadores, e seria uma grande economia de papel, alem de serem mais baratos!

Gastariamos o tempo livre para coisas mais leves e interessantes; podemos jogar e esquecer que fazemos parte de um mundo onde pouco podemos mudar ou interferir na atuação do sistema sobre nossas vidas! Esquecer que somos mais escravos do que nunca do consumismo, do pensamento engessado, da moda e sua tirania, do tédio, da mesmice, da total falta de novos desafios, pois o maior desafio é apenas sobreviver sem sonhos, sem realizações, visando uma aposentadoria tranquila,  quando podemos esperar que nossa saúde colabore ou que possamos pagar o plano de saúde auxiliar... Sonhamos em nos tornar inuteis!

Eu me recuso a inutilidade!

Eu sou rebelde!

Por isso meus queridos amigos e colaboradores, vocês são fantásticos!

Muito grata pelos elogios e incentivos!



FMWagner

Wien, am17.10.15